Em área de preservação ambiental, campo de golfe para as Olimpíadas 2016 gera polêmica

Muitos bichos, brisa marinha e verde na paisagem. O lugar cênico que vai receber os jogos de golfe na Olimpíada, rendeu bastante polêmica. Houve muita pressão até que o projeto ficasse pronto. Os ambientalistas continuam sendo contra a iniciativa.A obra foi feita dentro da APA (Área de Proteção Ambiental) de Marapendi, ao lado da lagoa de mesmo nome, que separa o oceano Atlântico dos 18 buracos do campo.

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A prefeitura justificou a adoção dessa alternativa dizendo que essa solução [colocar o campo de golfe dentro da APA] facilitou a recuperação ambiental do local, que estava muito devastado.

Vários grupos protestaram e até acamparam no local no início da obra, dizendo que uma grande parte da vegetação nativa seria destruída e que construir um campo de golfe dentro de uma área de preservação ambiental era um grande contrassenso.Segundo laudo feito por um perito que analisou o caso para a Justiça, apresentado à reportagem pelo Comitê Olímpico do Brasil, a área usada para o golfe estava totalmente degradada. O local, segundo o documento, era usado para extração de areia.A franja com vegetação nativa, ainda de acordo com o laudo, não foi alterada.

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Na avaliação do especialista, hoje existe mais vegetação na região do que havia antes da instalação do projeto olímpico. Os empreendedores foram obrigados a replantar árvores e espécies nativas da flora do Rio de Janeiro no terreno onde está a obra.”A vegetação replantada, inclusive, está formando o que chamamos de corredores ecológicos, que vão permitir a fauna encontrar outras áreas preservadas da Barra da Tijuca”, diz Luiz Pizzoti, gerente de acessibilidade e sustentabilidade da Empresa Olímpica Municipal.

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Outra fonte de polêmica que envolve o projeto é o fato de o empreendimento feito na Barra ser privado.Em troca de fazer o campo –que deverá ser público por 20 anos– e as instalações para os jogadores de golfe, público e imprensa, a construtora ganhou da prefeitura alguns benefícios legais, como o direito de construir prédios mais altos do que o permitido em terrenos vizinhos.

Para a prefeitura, mesmo com torres mais altas, haverá menos pressão demográfica na região porque a área que poderá ser construída agora é menor que a permitida antes -pelo projeto anterior, poderia haver 96 torres de seis andares; agora, pode ter 22 prédios de 22 andares.O prefeito Eduardo Paes (PMDB) sempre afirmou que tudo relacionado ao campo de golfe da Rio-2016 foi feito dentro da lei.

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